O que fazer na Praia do Sono, em Paraty

Gostei tanto de visitar este destino paradisíaco do Rio de Janeiro que terei o maior prazer de dividir com você o que fazer na Praia do Sono, em Paraty, além de te dar dicas de onde se hospedar e de como chegar.

 

Confesso que meu fascínio em conhecer a Praia do Sono começou após o relato de um viajante com quem conversei rapidamente quando estive no bairro de Trindade, em 2016. Entusiasmado, o rapaz me falou de uma das melhores festas de réveillon da vida dele. Foi durante um luau muito especial, onde as labaredas de uma enorme fogueira à beira-mar pareciam tocar um céu estrelado de ponta a ponta. Enquanto ele contava, eu me teletransportei para aquele momento. Em pensamento, imaginei estar ali com um vestidinho branco, descalça e cabelos ao vento, celebrando a chegada de um novo ano em um lugar mágico, pouco povoado e celeiro de recursos naturais. 


É, não foi bem assim que tive a honra de visitar pela primeira vez a Praia do Sono, em Paraty, mas foi tão incrível quanto. E o melhor é que tenho um pretexto guardado na manga para voltar. 

 

O que fazer na Praia do Sono, em Paraty


Minha amiga Lidiane do Partiu Viajar Blog
 me convidou para uma road trip (viagem de carro), e a Alessandra do Viagens de Cá pra Lá embarcou com a gente nessa aventura. 

Leia também:

Praia do Sono em Paraty: o que fazer em 3 dias

Praia do Sono em Paraty: roteiro de 4 dias no paraíso

 

Nosso roteiro contemplava Ubatuba e Paraty, lugares da chamada Costa Verde, uma faixa litorânea de 294 km de extensão, que vai do litoral sul do Rio de Janeiro, passando por municípios como Mangaratiba, Angra dos Reis, Itaguaí, Rio Claro e Paraty; até o norte do litoral de São Paulo, incluindo as cidades de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela. Neste post falarei a respeito do que fazer na Praia do Sono, em Paraty, e de algumas Trilhas da Reserva Ecológica Estadual da Juatinga.

 

Início da Trilha da Praia do Sono
Início da Trilha da Praia do Sono

O que fazer na Praia do Sono, em Paraty

Antes de darmos início ao assunto que te trouxe até aqui, gostaria de fazer uma pergunta:

Você sabe o que é uma comunidade tradicional caiçara?

O litoral brasileiro era habitado por diferentes tribos indígenas, com a chegada dos europeus, muitos foram expulsos ou extintos. Alguns sobreviventes resistiram e conseguiram permanecer nas áreas litorâneas, que passaram a ser habitadas por comunidades tradicionais caiçaras compostas por nativos originários da mistura étnico-cultural de indígenas, estrangeiros e negros, principalmente quilombolas.


A cultura da maioria dessas vilas é de subsistência, elas dependem bastante dos recursos da terra e do mar. Seus moradores praticam a pesca artesanal, a agricultura, o extrativismo vegetal e o artesanato, de acordo com suas necessidades, ao ritmo da natureza, da lua e das marés. Para você ter uma ideia, eles confeccionam suas próprias redes e canoas, uma sabedoria passada de geração a geração.

 

Por estarem inseridas em áreas preservadas e de beleza única, as comunidades tradicionais caiçaras muitas vezes são alvo da especulação imobiliária. E o mais interessante é que esses povos conseguem conviver em harmonia com o meio ambiente, pois todo seu respeito e conhecimento sobre a fauna e a flora têm um enorme valor para a preservação da vida de milhares de espécies. Muitos caiçaras atuam como guardiões da floresta e protetores de diferentes ecossistemas.

 

Placa na Praia do Sono
Placa na Praia do Sono

Turismo de Base Comunitária

O Turismo de Base Comunitária surgiu para incentivar o trabalho e divulgar a arte e a cultura caiçara, através do desenvolvimento sustentável que respeite seus costumes e os recursos naturais. É um tipo de turismo realizado pelos próprios moradores do lugar, com roteiros elaborados pela comunicade local sob supervisão técnica. Ao visitante, é uma imersão que lhe proporciona sentir novas emoções, e compreender que é possível viver conscientemente em equilíbrio com a natureza. 

 

A Praia do Sono 

O município de Paraty é considerado Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Quem passeia por suas ruazinhas de paralelepípedo rodeadas de um histórico conjunto arquitetônico colonial, não imagina que a cerca de 27 km dali existe uma parte considerável de muito verde em um refúgio onde o barulho da movimentação dos veículos é substituído pelo marulho vindo do oceano e pela sinfonia das aves e de outros animais. 

 

A Praia do Sono possui cerca de 1,3 km de extensão. Dizem que a origem do nome surgiu por causa dos morros embelezados pela Mata Atlântica esconderem um pouco mais o Astro-rei ao nascer, e anteciparem o pôr do sol, tornando as noites mais longas. Nela, vivem cerca de 400 pessoas. Um povo acolhedor e fiel às origens, que honra sua ancestralidade e a dádiva de habitar um local tão singular. 

 

Se você busca sossego, conexão com a natureza e consigo mesmo (a), zero estresse no trânsito, ar puro, balancinho na rede, e um lugar em que a iluminação pública fica a cargo da luz do luar e da constelattio (constelação em latim) – agrupamento de estrelas, agora já sabe onde encontrar: Vá, Viaje à Praia do Sono

 

O que levar para a Praia do Sono

  • Lembre-se que a trilha para chegar é de 3,1 km, sendo assim, não exagere na bagagem. 
  • Use roupas confortáveis, e para quem pretende fazer trilha, é recomendável utilizar um calçado amaciado (já usado).
  • Tenha uma lanterna de mão ou de cabeça.
  • Caso opte pelo camping, carregue a barraca e o saco de dormir. 
  • Como não há Bancos, e o sinal de internet das operadoras nem sempre pega, é bom ter dinheiro em espécie para pagar alimentação e passeios.
  •  Os comerciantes da Praia do Sono enfrentam uma logística trabalhosa e com um certo custo, por isso, os preços dos produtos são mais caros do que os praticados por grandes redes de supermercado. Se quiser economizar, leve alguns alimentos de casa, mas também tente consumir itens vendidos por eles, como incentivo ao comércio local. 
  • Carregue com você repelente e protetor solar (se tiver biodegradável, melhor ainda). 
  • Coloque na mochila os remédios que está acostumado (a) a tomar, principalmente os de uso controlado. 
  • Pratique o Turismo Consciente, em respeito às pessoas que ali vivem, aos outros visitantes e ao meio ambiente. 

 

O que fazer na Praia do Sono: conhecer o mirante

Mesmo para a turma que não é muito chegada em fazer trilha, dar um pulinho no mirante vale o pequeno esforço físico. 

 

O que fazer em Paraty: visitar o mirante

 

O percurso de aproximadamente 1,5 km é tranquilo, só tem uns degraus no final, nada comparado ao que você ganhará como recompensa, uma vista privilegiada da menina dos olhos deste post. E como diz a plaquinha, o melhor lugar do mundo é aqui e agora! 

 

Mirante da Praia do Sono
Mirante da Praia do Sono

Reserva Ecológica Estadual da Juatinga 

A Praia do Sono fica dentro da Reserva Ecológica Estadual da Juatinga, criada em 1992, com o intuito de proteger a biodiversidade, as paisagens e a cultura tradicional caiçara. Esta Unidade de Conservação localizada no extremo sul do Rio de Janeiro possui 9.797 hectares de remanescentes da Mata Atlântica, restingas, manguezais e costões rochosos. Além da vegetação nativa, é possível ver nos quintais das casas árvores frutíferas, como mangueira, jambeiro, abacateiro e jaqueira. 

 

A Reserva abriga mais de 200 espécies de aves. Dentre os mamíferos, há paca, cutia, tatu, preguiça, gambá, tamanduá, gato-do-mato e muriqui. E na pesca, é comum encontrar garoupa, espada, marimba, cação, tainha, bonito, robalo, cavalo, entre outras.  

 

A REEJ também está inserida na Área de Proteção Ambiental do Cairuçu, unidade federal administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 

 

Endereço: Rua Marquesa dos Santos, 405 – Paraty 

Telefone: (21) 97930-0101 / (24) 3371-9654

SiteREEJ

E-mail: [email protected]

Instagram: @reservajuatingaInstituto Estadual do Ambiente: @rj_inea 

 

Infelizmente, não tivemos tempo suficiente para concluir a longa Travessia da Juatinga que chega a ter mais de 30 km, podendo alcançar de 4 a 7 dias de caminhada de acordo com os pontos visitados. Ela tem início na Vila Oratório e termina em Paraty-Mirim ou vice-versa. É possível acampar nos locais autorizados e pernoitar em pousadas ou nas residências dos moradores. 

 

No período de três dias na Reserva Ecológica Estadual da Juatinga, acessamos algumas trilhas até as Praias dos Antigos, Antiguinhos, Galhetas e Ponta Negra. Para fechar com chave de ouro, realizamos o sonho de conhecer a deslumbrante Cachoeira do Saco Bravo. Vou contar em detalhes como foi a experiência. 

Parte da Travessia da Juatinga
Parte da Travessia da Juatinga

Praia dos Antigos e dos Antiguinhos 

Na ida e na volta do trajeto Praia do Sono – Cachoeira das Galhetas, se estiver a pé, você automaticamente passará por essas praias que mudam de nome apenas no diminutivo: Antigos e Antiguinhos.

 

 

São bonitas e sem aglomeração, vimos no máximo 10 pessoas nelas. Na menor, o mar estava mais tranquilo, porém encontramos preservação nas duas. Não há infraestrutura e nem quiosques. 

 

A Praia dos Antigos fica a 1,9 km de distância da Praia do Sono, e a dos Antiguinhos, a 2,6 km. Durante o trajeto, avistamos placas com orientações. Caso prefira, é possível acessá-las com lanchas ou pequenos barcos.

 

Placa com orientações
Placa com orientações – Praia dos Antigos

Cachoeira e Praia das Galhetas

Eu adoro este combo: água doce e salgada em um único percurso! Andamos uns 4 km saindo da Praia do Sono, passamos por Antigos e Antiguinhos, cruzamos uma ponte e acessamos a Praia das Galhetas.

Ponte da Praia das Galhetas
Ponte da Praia das Galhetas

Demos de cara com um visual exótico envolvido por pedras. É meio deserta, ideal para os visitantes que apreciam tranquilidade e privacidade.  

Pedras na Praia das Galhetas
Pedras na Praia das Galhetas

A Cachoeira das Galhetas fica uns 5 minutos antes. Tem um pocinho raso, e a queda maior está atrás da rocha, no canto esquerdo, basta nadar para acessá-la. 

Cachoeira das Galhetas
Cachoeira das Galhetas

Praia de Ponta Negra

Não por acaso ela coube todinha no enquadramento do meu celular. Com apenas 150 metros de extensão, a Praia de Ponta Negra é o típico lugar que dá vontade de guardar em um potinho.

Praia de Ponta Negra, no Rio de Janeiro
Praia de Ponta Negra – RJ

Para chegar nela, pode ser a pé em um trajeto de 4,7 km saindo da Praia do Sono ou com uma embarcação. Ela também é ponto de partida para outras trilhas, como a da Cachoeira do Saco Bravo, a do Pico do Cairuçu ou da Pedra da Jamanta, entre outras.

 

Nossa guia deixou combinado antecipadamente com o rapaz da lancha nosso retorno à Pousada Mãe D’ Água. Ao sair, vimos uma prévia do que seria um lindo fim de tarde. 

Fim de tarde na Praia de Ponta Negra
Fim de tarde na Praia de Ponta Negra

Cachoeira do Saco Bravo 

Além de colocar em prática o que fazer na Praia do Sono, visitar a inigualável Cachoeira do Saco Bravo, na Reserva Ecológica Estadual da Juatinga, estava no meu Top 3. 

Cachoeira do Saco Bravo
Cachoeira do Saco Bravo

Serão raríssimas as vezes que teremos a oportunidade de ver esse cenário cinematográfico, uma cachoeira em frente ao mar. Então, dá para imaginar como é muito especial e emocionante estar diante dessa verdadeira pintura Divina. 

Cachoeira do Saco Bravo


É surreal a visão da piscina de borda infinita formada desse encontro do poço da pequena queda d’água com o oceano. 

Cenário cinematográfico
Cachoeira do Saco Bravo: cenário cinematográfico

Não é aconselhável ficar até muito tarde no atrativo, porque quando a maré sobe, o mar invade a área da cachoeira, e não tem para onde correr. 

 

Qualquer ocorrência, avise o REEJ, no telefone: (24) 3371-9654, ou no e-mail: [email protected]

 

Cachoeira do Saco Bravo
Cachoeira do Saco Bravo: momento relax

O acesso só é feito por uma trilha considerada de nível pesado. Em alguns momentos, é necessário passar entre as rochas, o que pode tornar o trajeto fácil de se perder sem guiamento. A distância da Vila Oratório é de 12 km. Outra opção: ir até a Praia de Ponta Negra de barco e caminhar 8,4 km.
Horário limite para entrada nesse percurso é das 6 às 12h.

 

Atenção: a partir do portão de controle, é obrigatório contratar um guia ou condutor credenciado pelo INEA – Instituto Estadual do Ambiente. De acordo com a Resolução nº 192, de 2019, a contratação é importante para prevenir acidentes e desenvolver o Turismo de Base Comunitária na região, como contribuição à economia local e incentivo à qualificação dos moradores. 

 

Quem nos guiou foi a atenciosa Fernanda que, neste momento, não mora mais na Praia do Sono. 

É obrigatório contratar guia na Cachoeira Saco Bravo
Contrate um guia na Cachoeira do Saco Bravo

 

Gosta de atividades ao ar livre? Indico este outro texto: Dicas para iniciantes em trilhas: mulheres no topo

 

Onde se hospedar na Praia do Sono

Se há algo que me deixa muito feliz, é encontrar pelo caminho pessoas que mantêm suas raízes, respeita o meio ambiente e compartilha saberes dos nossos antepassados. Foi assim na Pousada Mãe D’ Água.


A pousada tem quatro quartos espaçosos, dois deles, com vista para o mar. As camas são confortáveis e os banheiros bem limpos e com chuveiro quente. Lembro-me de que em uma das janelas tinha um pé de maracujá e, por conta disso, as borboletas apareciam o dia todo. As visitinhas foram uma grata surpresa ao meu roteiro do que fazer na Praia do Sono, em Paraty.  

 

Quartos com vista pro mar
Quartos com vista para o mar

 A decoração é um espetáculo à parte, com remos, livros, cores e objetos que retratam a história do local, da proprietária Lidiane e de seus ancestrais. 

A decoração é um charme à parte
Decoração da Pousada Mãe D’ Água

A infraestrutura é boa também para quem opta pelo camping, porque é permitido usar a cozinha compartilhada, fogão, geladeira e utensílios na área coberta. Na pousada há Wi-Fi disponível, e como nem todas as operadoras de celular funcionam bem, considero este item um ótimo diferencial. 

 

Ao acordar, fui recebida com um café da manhã delicioso: suco, frutas, batata-doce, bolo de aipim, pães, frios, café e leite. Aquele reforço necessário para enfrentar os trekkings que viriam a seguir. 

 

Café da manhã da Pousada Mãe D’Água
Café da manhã da Pousada Mãe D’Água

A Pousada Mãe D’ Água também têm um restaurante que serve pratos; hambúrguer e cerveja artesanal; porções de camarão, lula, peixes e fritas; açaí e bebidas. Uma experiência gastronômica caiçara. 

 

Restaurante da Pousada Mãe D’ Água
Restaurante da Pousada Mãe D’ Água

É uma delícia sentar nas mesas tomando algo refrescante ou ficar deitada na rede, tendo como única preocupação apreciar a linda paisagem ao som do vaivém das ondas. A gente até esquece dos boletos! 

 

Pousada Mãe D’ Água - Praia do Sono
Praia do Sono: beleza e calmaria

 

Na Pousada Mãe D’ Água aprendi bastante sobre o Brasil. A estadia foi uma vivência e um verdadeiro acolhimento. Sem falar que a localização tem a praia como quintal. Um abrigo que me trouxe uma paz danada. Super indico! 

Telefone: (24) 99816-7786

Instagram: @pousadamaedaaguasono

 

Qual a melhor época para visitar a Praia do Sono 

Para colocar em prática o que fazer na Praia do Sono, em Paraty, antes de mais nada é recomendado dar uma olhada na previsão do tempo e verificar qual melhor época para visitar a região. A bem da verdade, no inverno é mais vazia e chove menos, mas mar combina com sol. O período com maior procura dos visitantes é entre dezembro e janeiro, por causa das férias e do tradicional réveillon, aquele que eu descrevi no início do nosso bate-papo. 

Como chegar na Praia do Sono

Avião
A cidade de Paraty não recebe voos comerciais. Para quem sai de São Paulo, o Aeroporto de Guarulhos fica a 277 km do Condomínio Laranjeiras, uma média de 4 horas e 10 minutos. Se desembarcar na cidade do Rio de Janeiro, o Aeroporto do Galeão está mais próximo, a 263 km, mais ou menos 3 horas e 52 minutos. 

 

Ônibus: 

Na rodoviária de Paraty sai ônibus para a Vila Oratório. É só descer no ponto final e de lá seguir por trilha ou com lanchas ou barcos. 

 

Tarifa do ônibus: R$ 5,00 (em 31/01/2024)

Horários no siteEmpresa Colitur

Telefone: (24) 3371-1238 / 3323-4527

 

Embarcação:

Há embarcações saindo de Paraty-Mirim, do centro de Paraty e também do píer no Condomínio Laranjeiras. 

Segue o contato do Bruno, profissional cadastrado na Associação dos Barqueiros da Praia do Sono.

 

Valores dos traslados (em 09/02/2024):

– Praia do Sono até Ponta Negra: R$ 120,00 (ida e volta)

– Condomínio Laranjeiras até Praia do Sono: R$ 100,00 (ida e volta) 

– Para saber o valor de outros passeios, contate o Bruno. Telefone: (24) 99876-3085. Instagram: @praiadosnobrunofamilia. 

 

Carro e trilha: 

Foi o modo que escolhemos chegar para curtir a listinha do que fazer na Praia do Sono. Saímos de carro do Centro Histórico de Paraty, dirigimos até a Vila Oratório (depois de passarmos pelo Condomínio Laranjeiras). Deixamos o veículo na casa de um morador que nos cobrou à época R$ 25,00 a diária (valor em setembro de 2021), e seguimos a pé por uma trilha de 3,1 km, deu cerca de 50 minutos. Importante: caso opte por trilhar, se chover, redobre a atenção devido à lama. 

Quero agradecer as minhas amigas Lidiane do Partiu Viajar Blog e a Alessandra do Viagens de Cá pra Lá, por mais essa trip juntas, estar com elas é sempre uma enorme alegria; gratidão também à Lidiane da Pousada Mãe D’ Água; e à guia Fernanda, que nos conduziu à Cachoeira do Saco Bravo. 

Mirante na chegada à Praia do Sono
Mirante na chegada à Praia do Sono

Eu sei que este texto é constituído de palavras, mas às vezes me faltam adjetivos para expressar o quão belo é o lugar que quero descrever. Por isso, desejo sempre que você Vá, Viaje e veja com seus próprios olhos os incríveis presentes dados a nós por Deus!  

Para mim, viajar é tirar a venda dos olhos. É aprender mais sobre a luta de um povo. É compreender outras versões das que já foram contadas. É dar voz ao outro lado da história. Eu amei passar três dias vivenciando o que fazer na Praia do Sono, em Paraty, mas acima de tudo, mergulhar na cultura tradicional caiçara foi um resgate à ancestralidade, um reconhecimento em respeito àqueles que vieram antes de nós, e que tanto devem ser honrados. 

Ahhh, é chegada a hora de levantar âncora, encerro minha navegação pelas águas translúcidas do conhecimento com um lindo poema em homenagem ao povo caiçara, do escritor e biólogo, Santiago Bernardes (que conheci durante um mutirão de agrofloresta em um quilombo de Ubatuba): 

 

“Gente de chão e de mar
Gente que pesca e que planta
Gerações nascidas e criadas
em tão vasto e rico território
semeando filhos, histórias e cultura
Gente que vive e conhece
o tempo do mar
o tempo da terra
Caiçaras, quilombolas e indígenas
Povos que resistem
Lutam, choram e sorriem, festejam
amam a vida e sua beleza
A ancestralidade de um lugar
a simplicidade de uma vida
Gente de chão e de mar”. 

 

Todas as indicações deste post, muitas delas feitas em parceria, condizem com a minha percepção e vivência, e refletem o que acredito e me motiva: incentivar as pessoas a viajarem mais, fornecer informações que facilitem suas vidas como viajante, dar dicas reais sobre os lugares que visito, tendo como premissa o Turismo Consciente. 

Sou paulistana, vejo no mundo um quintal, aprendo e vivencio cada vez mais a brasilidade. Jornalista, apresentadora e viajante, decidi unir a formação em Comunicação a minha paixão por experiências em viagem, e compartilhar conteúdo que conecte pessoas, sonhos e muitas histórias. Assim como eu, deseja conhecer vários lugares? Então, inspire-se: Vá, Viaje!
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