Uma praça com coreto, igrejinha, ruas de paralelepípedos, casas coloridas, natureza exuberante e grande importância histórica. Soma-se a este clima de cidade do interior, a recepção calorosa de um povo que é pura simpatia! É impossível não se apaixonar por este município baiano. Compartilho contigo, o que fazer em Mucugê: paraíso da Chapada Diamantina.
A Chapada Diamantina, uma região de serras no coração do estado da Bahia, ocupa uma área de 41.751 km². É composta por vinte e quatro cidades, neste post, contarei como foi um bate e volta a Andaraí, Ibicoara e Nova Redenção, mas o maior destaque será dado a Mucugê, localizada a cerca de 450 km de Salvador. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, há 8.725 moradores no território mucugeense de 2.462,153 km², repleto de vales, cachoeiras, rios, trilhas e muita história.
O que fazer em Mucugê: paraíso da Chapada Diamantina
É justa a fama da Chapada Diamantina de ser a caixa d’água da Bahia, afinal, nela nascem todas as bacias dos Rios Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas, por isso, escolhi mostrar primeiro as belas cachoeiras de Mucugê!
Trilha das Cachoeiras de Mucugê
“Let’s, Vamos”! Foi assim que o guia Ailton iniciou nosso passeio. Com um jipe, ele nos encontrou na porta da Pousada Capim Rosa Chá no horário marcado. Daí, partimos rumo ao Parque Nacional da Chapada Diamantina, no qual não precisamos pagar entrada. Por causa de sua magnitude e abrangência, acho importante me aprofundar um pouco mais no Parque Nacional da Chapada Diamantina. Ele é gigante, ocupa uma área de 152 mil hectares distribuída pelos municípios de Mucugê, Andaraí, Ibicoara, Lençóis e Palmeiras. O parque fica na acidentada Serra do Sincorá e abriga o ponto mais alto da Bahia e do Nordeste, o Pico do Barbado, com 2.033 metros de altitude.
Bem-humorado e bom de prosa, o guia compartilhou informações da cidade e do garimpo. No circuito, vimos como viviam e trabalhavam os garimpeiros. Uma verdadeira aula de História na prática e ao ar livre, e que não pode faltar no seu roteiro do que fazer em Mucugê: paraíso da Chapada Diamantina.
Nos 7 km de percurso, visitamos três quedas d’ água: a dos Funis, o Circuito das Sete Quedas e a Cachoeira das Andorinhas. Importante ir com quem conhece o lugar, principalmente na parte dos cânions, por isso, recomendo o guiamento de alguém experiente.
Todas elas têm poço para banho, e na última, a Cachoeira das Andorinhas, há uma queda de 5 metros de altura, uma hidromassagem natural e bastante revigorante!
A caminhada ficou ainda mais divertida e agradável com a presença da Secretária de Turismo de Mucugê, Fabiana Profeta, que nos recebeu com muito carinho e disposição. Ela também dividiu conosco suas vivências e conhecimento sobre seu amado município.
Super indico o guia Ailton, ele é gente boa demais! Contate a agência KM Chapada Turismo para este e outros roteiros.
Valor deste passeio (novembro/2023): R$ 100,00 – inclui transfer e guia.
Telefone: (75) 98181-3631.
Instagram: @kmchapadaturismo.
Mirante do Cachoeirão
Andamos 10 km (ida e volta), pela trilha que começa na Vila de Guiné até o Mirante do Cachoeirão feita por cima. A gente enfrentou alguns percalços, uma forte chuva em parte do trajeto e a placa do carro caiu na lama assim que chegamos. Com sorte, nós a encontramos e deu tudo certo!
Um dia muito desafiador e cheio de emoções! O segredo foi não se abater. Surgiram os perrengues, buscamos a solução, e depois disto, viramos a chave para o polo positivo e seguimos aproveitando a viagem. É muito bom nos cercarmos de pessoas que estão na mesma sintonia, porque até os problemas se tornam mais leves.
Agradeço a minha amiga Alessandra Lima do blog www.viagensdecaprala.com.br, que esteve comigo nestes momentos. Inclusive, ela também escreveu um post sobre Mucugê, vale a leitura: https://viagensdecaprala.com.br/mucuge-na-chapada-diamantina-o-que-fazer-em-3-dias-de-viagem/
Esta vista impressionante é um dos pontos clássicos e encantadores do trekking do Vale do Pati. Eu me senti tão pequena diante daquele penhasco de 300 metros, coberto por um tapete verdinho. Nos períodos chuvosos, chegam a se formar 20 quedas d’água nos paredões. Já vi vídeos e é simplesmente espetacular!
Mirante do Vale do Pati
Para finalizar este passeio que deixou um gostinho de quero mais, demos uma passadinha no Mirante do Vale do Pati. Somamos aos 10 km outros 11,5 km, ou seja, caminhamos, ao todo, 21,5 km naquele dia. Cansaço? Somente físico, porque a mente e a alma voltaram plenas! Se teve excesso, acredito ter sido no ato de transbordarmos boas vibrações, aprendizado, superação, parceria e felicidade!
A trilha tem uma subida íngreme no início, mas depois permanece por um bom tempo em planícies, as chamadas Gerais do Rio Preto. Ao sentar em uma das pedras em fente ao Mirante, já me imaginei lá embaixo, percorrendo a imensidão da beleza do Vale do Pati durante o trekking de 5 dias, considerado um dos mais belos do mundo.
No retorno, aproveitamos para tirar uma foto na rocha que lembra de um lado um mamute, do outro, o trono da rainha.
Quem nos levou aos dois Mirantes, com toda gentileza de um bom baiano, foi o guia Ney da Mucuge Adventure. O atendimento foi tão VIP que ele até passou um cafezinho pra gente quando conquistamos o topo do Cachoeirão. Para contratá-lo, é só chamá-lo no WhatsApp (75) 98149-7551.
Instagram da empresa: @mucuge_adventure.
Caso precise de dicas sobre trilhas, indico um texto que escrevi:
https://vaviaje.com.br/dicas-para-iniciantes-em-trilhas-mulheres-no-topo/
Aos apaixonados pelas Chapadas do Brasil, um post sobre a dos Guimarães, em Mato Grosso:
https://vaviaje.com.br/o-que-fazer-na-chapada-dos-guimaraes-roteiro-completo/
Passeio de quadriciclo em Mucugê
Um queridinho de muitos viajantes aventureiros é o quadriciclo. O que nem todo mundo sabe é que para dar uma voltinha neste veículo de quatro rodas existem algumas regras a serem seguidas:
- Ser maior de 18 anos.
- Ter habilitação válida – categoria “B”.
- Usar capacete.
- Nunca pilotar de chinelo.
- Ter placa na parte traseira.
- Pode rodar em vias urbanas, mas está proibido de circular em rodovias estaduais, federais e do Distrito Federal.
Fizemos o tour com a empresa Natureza Insight Ecoturismo. Contato: (77) 9989-1689 Instagram: @naturezainsightecoturismo.
Cemitério Bizantino
Aproveitando o gancho, um dos lugares que nós visitamos de quadriciclo foi o Cemitério Bizantino. Há inúmeras explicações sobre seu nome, mas alguns relatos fazem referência à semelhança com as cúpulas brancas do Mar Egeu, feitas durante o Império Bizantino nos séculos X e XI.
O local fica à beira da rodovia BA-142 e é possível avistá-lo mesmo sem entrar na cidade. As construções são do começo do século XIX, quando surtos de cólera e varíola atingiram a região. Com as epidemias, era necessário um local mais afastado para enterrar os mortos – a influência bizantina veio dos compradores de diamantes de origem turca que lá viviam. À noite, holofotes colorem o cemitério de azul.
O que fazer em Mucugê: paraíso da Chapada Diamantina – conhecer o Projeto Sempre Viva
Eu escondi de todo mundo, mas fui à Bahia para me casar. Brincadeirinha! Agora, quem vê este buquê em minhas mãos não faz ideia de sua importância e de quanta história há por trás dele.
Vou explicar melhor, trata-se de um arranjo da flor que foi a segunda atividade econômica da região depois do diamante. Para tanto, dentro do Parque Municipal de Mucugê, que é uma Unidade de Conservação e Preservação Ambiental fundada em 1999, foi desenvolvido o Projeto Sempre Viva, com o objetivo de preservar o ecossistema de domínio rupestre, em especial, de uma espécie endêmica ameaçada de extinção. A biodiversidade do Brasil é tão expressiva que conta com 1.200 espécies, 400 delas só na Chapada Diamantina. Enquanto que no continente africano, há somente 3.
Parque Municipal de Mucugê abriga o Projeto Sempre Viva
Foram quase quatro décadas de exportação para os Estados Unidos, Europa e Japão. Na época, um buquê chegava a custar de 300 a 800 dólares. Eram usados em decoração e passado de geração para geração por terem uma grande resistência. Existe um guardado no município que foi colhido em 1958.
O nome da flor é bem curioso, porque biologicamente ela está morta, mas costuma ter a reação de abrir e fechar mesmo depois de seca e desidratada. Acontece assim: quando a umidade está alta e a temperatura baixa, ela se fecha. Com a umidade baixa e temperatura alta, ela se abre.
Eu simplesmente amei conhecer o Parque Municipal de Mucugê, porque ele reúne preservação, educação ambiental, turismo científico, pedagógico e ecoturismo. Em sua área de 523 hectares, há outros atrativos turísticos a serem contemplados, como as Cachoeiras Piabinha (a 300 metros da sede) e a do Tiburtino (a 1,5 km).
Para adquirir o ticket on-line, acesse: www.janoo.com.br, pagamento via pix ou cartão de crédito. Se preferir, pague em dinheiro, na portaria.
Endereço: Rodovia BA-142, km 92
Funcionamento: Diariamente, das 8h30 às 17h30
Telefone: (75) 3338-2143
Instagram: @projeto_sempreviva
Museu Vivo do Garimpo
Implantado em 2017, o Museu Vivo do Garimpo funciona em uma antiga toca de garimpeiro restaurada e adaptada para expor objetos ligados à história do ciclo da Diamantina. Ao incluir este museu na lista do que fazer em Mucugê: paraíso da Chapada Diamantina, o visitante revisitará a história da mineração de diamantes na Bahia, por meio da galeria, laboratório, trilhas, rios, cachoeiras e sítio arqueológico. É possível ter acesso às máquinas de lapidação inglesas do século XIX e ferramentas que os garimpeiros utilizavam.
Regras do local:
- Não faça fogueiras e nem acenda churrasqueiras;
- Não consuma bebidas alcoólicas e cigarros;
- Não retire plantas ou pedras;
- Mantenha-se na trilha principal. Não crie atalhos ou novos caminhos.
Endereço: Parque Municipal de Mucugê, BA-142.
Funcionamento: Todos os dias, das 8h30 às 17h30
Distância do receptivo até o ponto final: 400 metros
Nível de dificuldade: Leve
Entrada: Idosos e estudantes da rede pública pagam meia-entrada. Moradores locais não pagam.
Onde se hospedar em Mucugê
Pousada Capim Rosa Chá
Fomos recebidas pela Maria Elisa, a Laura e o Rafael, uma família atenciosa e gentil que cuida desta hospedagem aconchegante com muito cuidado e apreço. Eu valorizo muito a comida regional dos lugares que visito e na Pousada Capim Rosa Chá pude saborear no café da manhã, além de pão, bolo, queijo, sucos e geleia de frutas vermelhas de produção artesanal (deliciosa por sinal); cuscuz, mandioca e banana da terra cozidos, pratos bem comuns nas refeições dos baianos. A matriarca me contou que muito do que eles servem aos hóspedes é colhido no próprio quintal.
O quarto com três camas de solteiro era arejado e limpo, assim como o banheiro. A internet pegou melhor na área comum. E no mesmo local, na parte da frente, eles têm uma pizzaria que utiliza massa artesanal integral e fermentação natural. Funciona das 18 às 22h.
Endereço: Rua Direita do Comércio, nº 101 – Centro Histórico
Telefone: (77) 98113-2123 – contato Rodrigo Pires
E-mail: [email protected]
Instagram: @pousadacapimrosacha_oficial
Onde comer em Mucugê
Beco da Bateia
Sabe quando a gente volta varado de fome após percorrer vários quilômetros para alcançarmos o cume de algum ponto alto da Chapada Diamantina? Então, o que mais desejávamos naquele instante era jantar o mais rápido possível. E fomos ao lugar certo! Os funcionários do Beco da Bateia nos atenderam com prontidão e cortesia.
A iluminação, as cores e a decoração são cheias de estilo e contam a história da cidade e do garimpo. O som é sob medida. De entrada, pedimos Bruschetta, queijo coalho com mel, e pastelzinho de camarão e de carne de sol com banana da terra. As pizzas foram a Max (salame e gorgonzola) e a Sil (gorgonzola, catupiry e parmesão mineiro).
Eles têm várias opções de drink, como fazia um calor danado naquela noite, escolhi a soda italiana de frutas vermelhas para dar uma refrescada. Achei tudo delicioso e os valores dos itens do cardápio eram acessíveis.
Então já sabe, quando pensar em o que fazer em Mucugê: paraíso da Chapada Diamantina, lembre-se de incluir o Beco da Bateia como uma boa opção de gastronomia.
Endereço: Rua da Várzea, nº 58 – Centro
Funcionamento: Aberto das 18h30 às 22h
Telefone: (75) 98167-1096
Instagram: @becodabateia
Sabor da Picanha
Em uma das noites em Mucugê optamos em jantar no Restaurante Sabor da Picanha. Eles oferecem pratos à la carte, pizzas e hambúrguer artesanal. Comi picanha e batata frita, quentinhas e muito saborosas. O suco de morango estava bem concentrado, do jeito que eu adoro. Dei uma olhada geral no cardápio e achei os preços convidativos.
Endereço: Rua Dr. Rodrigues Lima, 23
Funcionamento: de terça a domingo
Horário: Almoço – das 11h30 às 15h. Janta – das 18 às 22h
Telefone: (75) 3338-233
Instagram: @sabordapicanharestaurante
Café Odeon
Um lugar que tem como premissa: memórias afetivas, café e bons sabores, sem sombra de dúvida, deve ser visitado! A decoração do Café Odeon nos leva a uma viagem no tempo, com seus objetos antigos, música de qualidade e fotografias muito especiais. Entre os retratos, encontrei uma forrozeira das boas segurando seu acordeon. Surpreendentemente, era Irmã Dulce, a freira beatificada em 2011, que tornou-se a primeira santa do Brasil.
Pedi uma das minhas sobremesas preferidas, um brownie com um dos sorvetes de coco mais gostosos que já comi na vida! Os preços são bem em conta.
Quando visitar a cidade, vá ao Café Odeon. Saí encantada de lá, acredito que o mesmo acontecerá com você!
Endereço: Rua Rodrigues Lima, nº 66 – Centro
Telefone: (75) 98261-8724
Instagram: @odeonmucuge
Point da Chapada
Funcionamento: todos os dias, das 17 às 23h.
Sábado e domingo: abre 12h.
WhatsApp: (75) 98237-4446
Como chegar em Mucugê
Aeroportos:
O Aeroporto de Lençóis – Coronel Horácio de Mattos é o mais próximo de Mucugê, a 126 km de distância, mas recebe voos em apenas alguns dias da semana das companhias aéreas Latam, Gol e Azul. O Aeroporto de Vitória da Conquista – Glauber Rocha fica a 272 km. Já o Aeroporto Internacional de Salvador – Dep. Luís Eduardo Magalhães, está a cerca de 450 km, com mais opções de voos e horários.
Carro:
Há várias maneiras de conhecer essa região do interior do estado da Bahia. Algumas pessoas descem em Salvador e já contratam uma agência para o traslado e os passeios. Na Chapada Diamantina, as distâncias entre os atrativos são consideráveis, principalmente, de uma cidade a outra. Uma boa dica é escolher alguns municípios como base. Minhas amigas e eu optamos por Mucugê e Lençóis.
Para os viajantes que vão por conta, caso tenha condições, sugiro que alugue um veículo. Faça simulações para encontrar o melhor preço no aplicativo Rentcars.
Para quem sai de Salvador, é só pegar a BR-324 até Feira de Santana, e seguir até o entroncamento do Paraguaçu e BR-242. Depois, precisa ir adiante, passando por Itaberaba (85 km), e depois de 80 km, ao passar pelo Posto da Polícia Federal, basta virar à esquerda para entrar na BR-142 sentido Mucugê/Andaraí.
Ônibus:
Uma viagem de ônibus rodoviário de Salvador a Mucugê dura em torno de 8 horas e 30 minutos, e custa em média R$ 144,00 (valor em 01/12/23), pela empresa Costa do Sol.
Qual a melhor época para visitar a Chapada Diamantina
A Chapada Diamantina pode ser visitada o ano todo para nossa alegria! A época de seca vai de abril a outubro. O período chuvoso é de novembro a março. E entre os meses de junho e setembro dificilmente chove. Leve em consideração alguns pontos, como: se você prefere conhecer as cachoeiras com maior volume de água; que na alta temporada os atrativos recebem mais turistas; ou ainda, se deseja ver o fenômeno do facho de luz nas grutas. Se planejar direitinho, dará tudo certo.
Para mais informações sobre a cidade de Mucugê, acesse o site: www.mucuge.ba.gov.br.
Secretaria de Cultura e Turismo
Endereço: Rua Dr. Rodrigues Lima, Centro
E-mail: [email protected]
Telefone: (75) 3338-2157
Instagram: @visite.mucuge
O que fazer em Andaraí
Onde comer em Andaraí
Pousada Ecológica
Almoçamos na Pousada Ecológica, a Tezinha e sua filha Isabela foram muito gentis com a gente. A comida e o suco natural de caju estavam perfeitos. Comi frango à parmegiana, arroz, aipim e salada. Infelizmente, por não comer frutos do mar, não experimentei a tão famosa moqueca baiana. Segundo a Alessandra, o prato era saboroso e feito com muito capricho.
Preste atenção neste combo: papo agradável, excelente atendimento, arte de cozinhar com maestria e uma vista perfeita para o Rio Paraguaçu. Como é que nós levantaríamos daquelas cadeiras? Por um triz não esquecemos da vida, mas como queríamos desbravar Andaraí, cancelamos o guindaste.
Endereço: Rodovia Andaraí – Mucugê, s/n
Funcionamento: segunda a sábado, das 10 às 21h30. Domingo, das 10 às 20h
Caso queira tomar café da manhã na pousada mesmo não sendo hóspede, é só fazer a reserva nos telefones: (75) 98279-5665 / 98138-3801. É aberto ao público todos os dias, das 7 às 9h30.
Instagram: @pousadaecologicadeandarai
Pantanal Marimbus
Depois deste almoço maravilhoso, pegamos a rodovia BA-142 até o km 149 rumo à Fazenda Marimbus. Fomos deslumbrar o “Pantanal baiano”, região de solo fértil em uma grande planície alagada com dezenas de lagoas interligadas de águas mansas de alguns rios, como o Santo Antônio.
De origem africana, num dialeto banto falado em Angola, a palavra marimbus significa roça, longe do povoado. O Pantanal Marimbus é muito exótico e sua beleza se entrelaça à paisagem semiárida da Chapada Diamantina. Em alguns pontos, ele é emoldurado pela Serra do Sincorá. No local, pequenas embarcações (canoas canadenses) realizam passeios com pessoas de todas as idades. Visitantes também utilizam o lugar para a prática de stand-up e pesca.
Poço Azul
Em cada andança na Chapada Diamantina, vivemos uma experiência diferente. Apreciamos muitas belezas nos paredões, nas cachoeiras, nas cavernas, nos vales e nos mirantes, como vimos no decorrer deste texto que recebe o nome: O que fazer em Mucugê, mas trago outras gratas surpresas de municípios vizinhos. É o caso do lindíssimo Poço Azul, em Nova Redenção, a 48 km de Andaraí.
Descoberto em 1920, desde de julho de 2005 é considerado o maior sítio paleontológico submerso do Brasil.
É proibido pular ou nadar no Poço Azul
Algumas regras: na recepção, tome uma chuveirada para tirar o protetor solar e os resíduos de cremes do corpo, com o intuito de manter limpa a água cristalina da gruta. Evite o uso de perfume, e é recomendada a retirada de brincos, colares, anéis e outros acessórios. A flutuação só pode ser feita de colete e snorkel (fornecidos na entrada). Não é permitido nadar e nem pular no poço.
Não há trilha, é só descer alguns degraus de uma escada de 60 metros e apaixonar-se por este presente Divino. Dica extra: como há tempo de permanência e costuma ser pouco, você pode fazer como nós, visitar outros atrativos no mesmo dia. Só fique atento(a) se terá fila de espera na data da sua visita.
Lá na gruta é bem escuro, as fotos tiradas com o celular ficaram embaçadas. Neste dia, fui mudar a função da GoPro para modo noturno, sem querer, apaguei tudo que eu tinha.
A melhor época para visitar o Poço Azul é entre o inverno e outono, devido à posição do sol, os raios penetram no local e formam um incrível facho de luz que exalta ainda mais suas belas e intensas cores. E se quiser, aproveite para almoçar no Restaurante Dona Alice.
Passeio que pode ser feito sem a contratação de guia.
Valor da taxa: R$ 50,00
Estacionamento: gratuito
Endereço: Sítio Itaguaçú, 7 – Comunidade de Peruca
Funcionamento: das 8 às 17h
Telefones: (75) 99274-3369 / 99161-5777
Site: www.pocoazul.com.br
Instagram: @poco_azul_chapadadiamantina
Cachoeira da Fumacinha
Já ouvi várias vezes que cachoeira é tudo igual. Puro engano, pois, sempre haverá um detalhe ou outro que a tornará especial. A da Fumacinha tem muitas particularidades, a principal delas a meu ver é o fato de estar “escondida” entre cânions de até 280 metros de altura.
Saímos cedinho de Mucugê com destino ao povoado do Baixão, na cidade de Ibicoara. Nós escolhemos fazer a trilha por baixo, que é considerada uma das mais difíceis feita em um único dia. São 18 km de caminhada (ida e volta) no leito do rio, levamos umas 9 horas para concluí-la.
O cuidado com a nossa segurança e o profissionalismo do Vini e do Rafa, tornaram o trekking mais tranquilo, apesar de exigir um bom condicionamento físico, maior atenção às pedras escorregadias, trechos com correntes, resumindo, foi muito desafiador e estimulante encarar tudo isso para no final, sermos presenteados com uma queda d’água espetacular de 100 metros de altura. A Cachoeira da Fumacinha é muito diferentona, até hoje não tinha visto nenhuma parecida com ela.
O que eu gostei também foi do tempo que ficamos no atrativo, deu para descansarmos, contemplar a belíssima paisagem, tirar umas fotinhos, e claro, dar uma recarregada nas energias para enfrentarmos os 9 km até a base, ahhh, onde éramos aguardados por uma garrafa de caldo de cana geladinho. Juro, o melhor da vida, e não digo isso porque estávamos cansadas e com muito calor, realmente, estava refrescante e delicioso!
Não há cobrança de ingresso.
É imprescindível a contratação de um guia, super recomendo o Andarilhos da Chapada.
Telefone: (75) 98350-6261
Site: www.andarilhosdachapada.com
Instagram: @andarilhosdachapada
Quem esteve comigo nesta empreitada foi a mineirinha Lidiane, minha amiga, blogueira de longa data, que também escreveu um texto tudo de bão sobre Mucugê: https://partiuviajarblog.com.br/o-que-fazer-em-mucuge-roteiro/
Quero agradecer mais uma vez as minhas amigas Lidiane e Alessandra por tanta troca de conhecimento e de boas energias. Meu muito obrigada também a todos que conheci durante a viagem, as empresas parceiras, aos guias e a Secretaria de Turismo de Mucugê, representada pela querida Fabiana Profeta.
Todas as indicações deste post, muitas delas feitas em parceria, condizem com a minha percepção e vivência, e refletem o que acredito e me motiva: incentivar as pessoas a viajarem mais, fornecer informações que facilitem suas vidas e dicas reais sobre os lugares que visito.
Como contei, quero voltar para me aventurar no trekking do Vale do Pati, por enquanto, não tenho data marcada, mas com toda certeza, carrego em meu coração o desejo de vivenciar e adicionar novas experiências a este post: O que fazer em Mucugê: paraíso da Chapada Diamantina. E pode deixar que irei compartilhar tudinho com você! Até a próxima!
Muito boa a sua descrição fotográfica de Mucugê, sua inspiração me fez está quase que fisicamente em Mucugê, moro em Juazeiro-Bahia – irei visitar em minhas férias em outubro/23 com a minha esposa. Estivemos perto, visitamos Lençóis, ficamos encantados, o guia Artur, muito educado e sempre disposto a nos mostrar as belezas de Lençóis – a Chapada Diamantina é incrivelmente linda.
Fiquei extremamente feliz ao ler o seu comentário, principalmente, porque às vezes, faltam-me palavras para expressar minhas experiências e descrever as belezas que conheci. Amo ver as pessoas viajando e realizando sonhos. Boa viagem a vocês e divirtam-se!!
Post completo e recheado de informações essenciais para planejar uma viagem para a Chapada Diamantina!
Agradeço enormemente o seu convite, mana! Conhecer a Chapada Diamantina era um sonho antigo que você me ajudou a realizar. Que venham as próximas trips! Partiu? 🙂