Com quase 22 mil quilômetros quadrados, ele é o menor estado do Brasil, porém o que vi foi um lugar gigante no acolhimento e simpatia de seu povo, na gastronomia e nas belezas naturais. Compartilho neste post: o que fazer em Sergipe: roteiro de 3 e 5 dias.
Sou do tipo de pessoa que faz questão de ver para crer! Sempre pesquiso sobre o local que desejo visitar (é aquela tal história, a viagem já começa no planejamento), mas acima de tudo, amo conferir pessoalmente o que ele tem a oferecer, sua cultura, a maneira como vivem seus moradores e como eles tratam os turistas.
Claro que aceito sugestões de quem o visitou, só contesto e me blindo, com veemência, da opinião de algumas pessoas, principalmente, quando vem carregada de preconceito, discriminação e xenofobia. Desculpe-me pelo desabafo, é que me entristece demais ouvir comentários negativos contra o Nordeste e os nordestinos. A cada nova visita, meu coração se enche de alegria e de aprendizado. Eita, povo porreta e arretado, que possui um alto astral sem igual e que sempre me recebe com sorriso no rosto.
Precisava abrir esses parênteses. Agora, voltarei a falar sobre o que te trouxe até aqui. Eu tinha pontos a vencer do Programa Azul Fidelidade, então, resolvi utilizá-los para voltar a Maceió e para conhecer um outro estado que ainda não tinha colocado os pés, no caso, Sergipe. E olha que graça, descobri que seu nome vem do tupi e quer dizer rio dos siris.
Há cerca de 2,2 milhões de habitantes no território sergipano, só em Aracaju vivem por volta de 600 mil pessoas. E por falar na capital, eu publiquei um texto todinho dedicado a ela, vale a pena a leitura:
https://vaviaje.com.br/o-que-fazer-em-aracaju-capital-de-sergipe/
O que fazer em Sergipe: roteiro de 3 e 5 dias
Para quem é praiano, opções não faltam, já que seu litoral ocupa 163 km, onde encontramos vários tipos de praias: com águas tranquilas, mais isoladas, movimentadas ou indicadas para surfistas.
Suas paisagens também abrigam Alto Sertão, Caatinga, Mata do Agreste, Mata Atlântica, manguezal e restinga. Cada um dos 75 municípios apresenta características únicas e ricas em biodiversidade. Falarei a seguir de alguns locais para você incluir na sua lista do que fazer em Sergipe: roteiro de 3 e 5 dias.
Passeios em Estância
Minha amiga Alessandra do Viagens de Cá pra Lá e eu saímos de Aracaju e percorremos uns 70 km até Estância, acompanhadas da simpática guia Rosângela da Toptur, inclusive fizemos todos os passeios com esta agência.
Informações sobre a Toptur Viagens e Turismo
Endereço: Av. Santos Dumont, 1807, anexo ao Hotel da Costa
Site: www.toptur.com
E-mail: [email protected]
Telefone: (79) 98816-6145
Instagram: @topturaracaju
Antes de falar sobre os atrativos que visitamos, acho interessante mencionar o Barco de Fogo, declarado patrimônio cultural imaterial de Sergipe. Este da foto abaixo fica suspenso no centro da obra Largo da Gente Sergipana, em Aracaju. Ele é uma alegoria pirotécnica criada pelo fogueteiro Francisco da Silva Cardoso, o Chico Surdo, na década de 1930.
Estância é muito importante para o estado, pois possui a terceira maior economia e o segundo maior polo industrial. Além disso, tem uma natureza exuberante para contemplarmos. E foi o que eu fiz. Parei em frente à Igreja da Nossa Senhora da Boa Viagem e, em um breve giro de 180°, fiquei de queixo caído com o visual paradisíaco.
O bate e volta à Estância foi uma necessária mistura de aventura e calmaria, sabe como é, equilíbrio é tudo! Deixa eu explicar melhor, fomos às dunas da Praia do Saco em busca de adrenalina, e à Ilha da Sogra para desacelerar.
O que fazer em Sergipe: vá à Ilha da Sogra
Com águas mornas e sem ondas, esse paraíso é excelente para levar toda a família, e descansar a mente.
Foi uma visitinha rápida à Ilha da Sogra, porém marcante. Só estávamos nós lá. O banco de areia em formato de ferradura tem cerca de 1 km de extensão. De um lado, é possível tomar banho de rio; do outro, banhar-se no mar.
Quem nos levou foi o Fagner (Instagram: @fagnerfelixsantos) da Cooperlanchas. Eles oferecem outras opções de passeio que incluem a Ilha do Sogro, a Ponta da Praia do Saco ou o Mangue Seco. Para saber sobre valores e horários, entre em contato. Telefone: (79) 99691-2936. Instagram: @cooperlanchas_praiadosaco
Passeio de buggy nas dunas da Praia do Saco
Quem me conhece sabe que a Dora Aventureira que habita em mim sempre busca viver momentos que me tirem o fôlego. Então, nada melhor do que embarcar em um buggy para apreciar paisagens perfeitas de um pequeno tapete verde da vegetação cobrindo partes das dunas de areia. Um constraste muito bonito por sinal!
O responsável por fazer essa aventura acontecer foi o Renato, Instagram: @buggyturoficialpraiadosaco. Telefone: (79) 99658-0001. Seu atendimento foi nota 10. Agradeço também a gentileza da funcionária Lisia.
Ahh, é óbvio que de vez em quando, o condutor apertou o botão “com emoção”. Que sensação de liberdade, o vento maroto bagunçando os meus cabelos, e os hormônios de felicidade sendo liberados pelo meu corpo. Foi bom demais!
Onde comer na Praia do Saco
Na Praia do Saco, almoçamos no Asa Branca Beach. Pense em um prato delicioso e bem servido, veio arroz, feijão, bife, salada e farofa. A decoração é bacana, tem até a presença ilustre de uma estátua do rei do baião, Luiz Gonzaga. No fundo do restaurante há mesas para quem deseja fazer sua refeição com os pés na areia.
Conheça São Cristóvão
A arquitetura é o principal destaque de São Cristóvão, com o Convento do Carmo – local da ordenação de Irmã Dulce; os museus Histórico de Sergipe, de Arte Sacra e Ex-Votos; e a Praça São Francisco – reconhecida pela Unesco como Patrimônio Histórico da Humanidade.
São Cristóvão foi a primeira capital do estado, e é a quarta cidade mais antiga do Brasil. E ela mantém preservados até hoje casarios, igrejas e artefatos do período colonial.
Visite Laranjeiras, em Sergipe
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Comandaroba é um dos monumentos históricos sergipanos de maior valor. Construída em 1734, e restaurada pelo Patrimônio Histórico no início dos anos 1950, fica em Laranjeiras, a segunda cidade mais antiga do estado.
No município acontecem muitas manifestações artísticas, como a Taieira – dança-cortejo de cunho religioso e influência nagô, caracteristicamente feminina. Desde o século XVIII, está presente nas festas de São Benedito, de Nossa Senhora do Rosário e no dia dos Santos Reis.
O que fazer em Canindé de São Francisco
Se há algo na minha vida que me move são os meus sonhos. E há anos, eu desejava navegar pelas águas do Velho Chico. Sua abundância lhe rendeu o título de 5º maior rio navegável do mundo.
Estar ali diante do Cânion do Xingó foi de arrepiar. Ainda pude chegar pertinho de seus paredões alaranjados.
Mangue Seco – Bahia
Em um momento da viagem, saímos de Aracaju e demos um pulinho logo ali na Bahia. Que felicidade! Axé, meu Rei!
Foram cerca de 75 km dentro da van, e 20 minutos na escuna. A bordo da embarcação atravessamos os rios Piauitinga e Real.
Visitamos o povoado de Mangue Seco, na cidade de Jandaíra, uma maravilha rodeada de dunas de areia e coqueiros. Ele foi cenário da gravação da novela Tieta, inspirada no livro de Jorge Amado, inclusive a casa e a igrejinha estão lá até hoje.
O vilarejo é um encanto, porém, para conhecer o lado das dunas é necessário pagar o passeio de buggy, que passa por cinco paradas com lindos mirantes, tem até skibunda. A última delas é na praia, onde há quiosques para almoçar e dar aquela relaxada no balanço da rede.
Nosso condutor foi o Cleverton (Instagram: @clevertonlima) da associação. Pagamento é feito diretamente na Associação dos Bugueiros.
Para me despedir deste post, quero agradecer ao povo sergipano pela recepção calorosa e gentil. Eu me diverti, aprendi bastante, conheci lugares e pessoas incríveis. E para você que chegou até aqui, Vá, Viaje e coloque em prática o que fazer em Sergipe: roteiro de 3 e 5 dias.
Todas as indicações deste post, muitas delas feitas em parceria, condizem com a minha percepção e vivência, e refletem o que acredito e me motiva: incentivar as pessoas a viajarem mais, fornecer informações que facilitem suas vidas como viajante e dar dicas reais sobre os lugares que visito.