Puro charme, é o que sempre digo entusiasmada quando me perguntam sobre o destino deste post. Aposto que concordará comigo depois de ler Paraty (RJ): o que fazer, onde se hospedar e dicas, e de coração, torço demais para que você Vá, Viaje e veja com os seus próprios olhos, ou melhor, experimente com seu corpo e sua alma a sensação deliciosa que é estar nessa cidade fluminense.

Paraty (RJ): o que fazer, onde se hospedar e dicas
City Tour em Paraty
Você sabe o que é city tour?
É quando um guia nos mostra os principais pontos turísticos de um município, isso pode ser feito a pé ou com um veículo (van ou ônibus – alguns panorâmicos).

Quem nos deu as boas-vindas e compartilhou seu conhecimento histórico e cultural, além de suas vivências como um morador nascido em Paraty foi o guia João Fernandes, credenciado na Associação Piratii. Enquanto caminhávamos, ele nos contou várias curiosidades, como o por quê da Rua do Fogo ser chamada assim. Uma das versões é que no passado a travessa já foi ponto de prostituição.

Muitas construções preservam até hoje certas particularidades, como abacaxis na fachada ou sacada. A fruta exótica, de cor dourada e coroa, simbolizava nobreza e hospitalidade, e indicava que aquele local era habitado por pessoas ricas e de alto status social.

Em 2019, Paraty foi intitulada Patrimônio Mundial Misto pela UNESCO, junto com a Ilha Grande, por todas suas características naturais e culturais. E lembra que eu falei sobre ela ser charmosa? Pois é, o cenário composto do verde das árvores e dos encontros de paralelepípedos, recebe um toque especial com o colorido nas portinhas e janelas das casas e estabelecimentos.


O que fazer em Paraty: visitar a Fazenda Bananal
Aprender mais sobre sustentabilidade é muito válido, e como o universo conspira a favor, tive a chance de estar em um lugar que tem como premissa o Turismo Responsável, com práticas sociais, educacionais e ambientais. Foi ótimo colocar a Fazenda Bananal em meu roteiro Paraty (RJ): o que fazer, onde se hospedar e dicas.

Datada do século XVII, sua restauração foi feita por meio de pesquisa histórica e arquitetônica para manter o máximo possível a originalidade, além disso, os proprietários preservam 70% de áreas da Mata Atlântica e iniciaram o plantio de 21 mil árvores desde 2015.
A gente caminhou por algumas trilhas que contemplam Casarão Histórico, jardim dos beija-flores, plantações, horta, galinheiro, curral, capril, queijaria, meliponário e construção sustentável.
Durante a visita, vimos um Sistema de Produção Agroflorestal (SAF), que consiste em processos ecológicos nos quais há uma colaboração entre diferentes espécies de plantas, agindo juntas no aumento da fertilidade do solo, na economia de água e na geração de alimentos mais saudáveis.

Taxa de visitação: R$ 60,00. Meia-entrada: R$ 30,00 (crianças até 3 anos, estudantes, jovens de baixa renda entre 15 e 29 anos, maiores de 60 anos e pessoas com deficiência).
Gratuidade às quartas-feiras para moradores de Paraty.
Atividade guiada módulos educacionais: R$ 50,00
Horário de funcionamento: terça a domingo, das 9 às 17h, última entrada às 16h
Restaurante
No restaurante de alta gastronomia, com inspiração caiçara e sabores da Mata Atlântica, eles utilizam nos pratos grande parte do que é produzido na fazenda, inclusive Pancs – plantas alimentícias não convencionais.
Aberto todos os dias das 11 às 18h.
Além do restaurante e da cafeteria, ainda oferecem café da manhã regional aos domingos, e fornecem itens para piquenique, ambos mediante reserva.
Agradeço à bióloga Cecília e à equipe da Fazenda Bananal por semearem em mim e nos visitantes (principalmente nas crianças) a importância da preservação e do cuidado com os animais e a natureza.
Endereço: Estrada da Pedra Branca, 1490
Telefone: (24) 3371-1666
Site: www.fazendabananal.com.br
E-mail: [email protected]
Instagram: @fazendabananal
Trilhas de Paraty
Caminho do Ouro – Estrada Real
Viajar nos possibilita conhecer a origem e a cultura de um povo sob diferentes perspectivas. E quando somos guiados por bons profissionais então, trazemos à luz acontecimentos e realidades que muitas vezes não constam nos livros. Na Trilha do Caminho do Ouro é obrigatório o acompanhamento de um guia, e tivemos a sorte de ter conosco o Rodrigo da Paraty Explorer (Instagram: @paratyexplorer).

O Caminho do Ouro faz parte da Estrada Real, a maior rota turística do Brasil. Com 1.630 km, ela abrange 163 municípios de Minas Gerais, 8 do Rio de Janeiro e 8 de São Paulo.
A caminhada foi tranquila, deu uns 2,5 km. Como fomos com calma, durou 2 horas. Contemplamos as riquezas naturais da Mata Atlântica (plantas, cogumelos e aves). Ouvimos muitas histórias sobre como aqueles trechos calçados por pessoas escravizadas nos séculos XVII e XIX e que foram usados para ligar várias regiões do país ao mar.
E é importante ressaltar que antes dos portugueses aparecerem em nosso país, indígenas Guaianás ou Guaiamimins utilizavam esse trajeto que ligava a aldeia de cima (no Vale do Rio Paraíba) à aldeia de baixo (Paraty), por causa das suas praias de efeitos medicinais.
Nossas andanças pelo Brasil nos permitem conhecer pessoas queridas como o senhor Américo, ele mantém suas raízes e cuida da manutenção da trilha com maestria, acompanhado da sua vassoura de guanxuma, como ele mesmo faz questão de enfatizar. Além disso, ainda proclama belos poemas.

Depois passamos nas Cachoeiras do Tarzan e do Tobogã, onde as pessoas costumam escorregar em uma grande pedra.

Vimos a Igreja Nossa Senhora da Penha que fica em cima de uma rocha.
E encerramos o percurso no Alambique Engenho D’Ouro. Está aí um passeio que é a cara dessa linda cidade da Costa Verde: tem natureza, cultura e cachaça. Vale a pena ser feito!
Passaporte Estrada Real
Nada como ter uma amiga blogueira que escreve muito bem e nos dá dicas detalhadas sobre viagem. Graças as informações da Lidiane neste post, eu me cadastrei no site e fui até o Centro de Informações Turísticas Maria Della Costa, na avenida Roberto Silveira, s/n, para retirar meu Passaporte da Estrada Real e receber o primeiro carimbo, já que fiz o Caminho do Ouro.

O cadastro é gratuito. Após colocarmos nossos dados, um código é gerado. Na retirada, eles carimbam o nome da cidade do trecho que a gente visitou. Municípios que entregam: Ouro Preto, Paraty, Petrópolis, Tiradentes, Diamantina, Cocais ou Glaura.
Ao concluirmos os carimbos, podemos solicitar um certificado digital, é só enviarmos fotos das páginas carimbadas para o e-mail: [email protected].
São eles:
14 carimbos do Caminho Velho
10 carimbos do Caminho dos Diamantes
8 carimbos do Caminho Novo
4 carimbos do Caminho do Sabarabuçu
O Projeto Estrada Real foi formulado pelo @institutoestradareal em 2001, e é a maior rota turística do Brasil, vai de Diamantina (MG) até Paraty (RJ).
Mais informações no www.estradareal.org.br.
Para ganhar um certificado é simples: Vá, Viaje!
Trilha do Pico do Pão de Açúcar
Embora também seja no estado do Rio de Janeiro, não é do famoso bondinho do Pão de Açúcar na Urca que vou falar. Essa outra belezura de mesmo nome fica em Paraty e é um dos picos mais lindos que eu já vi.

Saímos do Centro Histórico de carro, foram mais ou menos uns 20 minutos até chegarmos na Praia de Paraty-Mirim. Deixamos o veículo em um estacionamento particular. O barqueiro Gil, telefone (24) 99982-3465 nos esperou no píer, desembarcamos na Praia do Cruzeiro (tem uma pousada e um restaurante). Na volta do passeio, comemos um prato feito que serviu bem duas pessoas.
Bora falar dessa trilha? S U R R E A L, o que a gente viveu ali. Posso dizer que a Mãe Natureza estava brava nesse dia. A caminhada começou com subida, e apesar de ser um percurso curto, tem umas partes íngremes. A altitude é de 425 metros. Após percorrer 1,5 km, nós nos deparamos com uma vista paradisíaca, vemos um pedacinho do Saco do Mamanguá e o mar multicolorido rodeado de verde Vai por mim, contemple essa experiência na sua lista Paraty (RJ): o que fazer, onde se hospedar e dicas.

Ficamos quase uma hora lá em cima, mas o tempo virou de um jeito, nunca vi tanta ventania, não conseguíamos ficar em pé.
A @partiuviajarblog, @viagensdecaprala e eu esperamos parar um pouco, descemos sentadas e bem rápido antes da chuva chegar. Foi punk, mas valeu cada palpitação, no final, acabou tudo bem.
Praias de Paraty
Praia Paraty-Mirim
Paraty-Mirim
Praia da Conceição
Um lugar preservado, vazio e lindo. Só pode ser acessado com embarcação e foi o que a Alessandra do @viagensdecaprala e eu fizemos. Embarcamos na @escuna_banzay em um passeio fechado com o João da @solucoesparaty.
Essa praia não tem infraestrutura, permanecemos nela uns 40 minutos.
É permitido descer, nadar e tirar fotos.
Além de visitar esse paraíso, conhecemos a Ilha dos Cocos, a Lagoa Azul e o Saco da Velha.
Adorei navegar contigo, amiga, e contemplar tantas belas paisagens dessa cidade querida da Costa Verde do Rio de janeiro.
Ilha dos Cocos
Mais um lugar que exalta a beleza do nosso Brasil! Com água esverdeada e cristalina, o mar na Ilha dos Cocos, pode chegar a uns 8 metros de profundidade. É ideal para prática de snorkelling.
Os visitantes podem descer da embarcação para nadar, mas não é permitido entrar na ilha.
Cheguei lá com um passeio de escuna da Soluções Paraty Agência de Turismo. @solucoesparaty. Para mais informações contate o João Carlos: (24) 99866-7691.
Onde se hospedar em Paraty
Pousada Literária
Quero dividir com vocês algo bem especial, é sobre quando a acomodação se torna uma experiência inesquecível. É inevitável deixar de compartilhar com as pessoas tudo que vivi nesses três dias.
A Pousada Literária de Paraty tem a essência da cidade. A história, a cultura e a natureza estão presentes em todos os detalhes e com um toque de sofisticação.
Começo pela sua sala exclusiva de leitura, com diversas opções de livros e revistas dispostos nas mesas e na estante, o espaço com a iluminação adequada proporciona aos hóspedes um momento de relaxamento.
Um dos dias da nossa estadia ficou nublado e fez um friozinho, mesmo assim pudemos aproveitar a piscina climatizada até à noite. Eles também têm uma pequena academia, sauna, restaurante e estacionamento.
Quem me acompanha aqui sabe que amo estar sempre em contato com belezas naturais. Agora, pensem em um lugar único, com verde e flores nas áreas comuns, é assim lá, e isso tudo, no coração do Centro Histórico.
O café da manhã é espetacular! São servidos pães, tapioca, ovos (feitos de diversas maneiras), suco, frios, chocolate quente delicioso. Destaco também o wafe de pão de queijo, o doce de leite e o pão de Juçaí, produzido na Fazenda Bananal.
Endereço: rua Domingos Gonçalves de Abreu, 254
Telefone: (11) 2770-0237
Site: www.pousadaliteraria.com.br
Instagram: @pousadaliteraria
Qual a melhor época para visitar Paraty
Como chegar em Paraty
Avião: A cidade de Paraty não recebe voos comerciais. Para quem sai de São Paulo, o Aeroporto de Guarulhos fica a 277 km do Condomínio Laranjeiras, uma média de 4 horas e 10 minutos. Se desembarcar na cidade do Rio de Janeiro, o Aeroporto do Galeão está mais próximo, a 263 km, mais ou menos 3 horas e 52 minutos.
Tenho um xodó por essa região da Costa Verde. É um lugar que vale a pena ser visitado, portanto, já comece a traçar os planos para o seu próximo destino, espero que tudo que compartilhei aqui em Paraty (RJ): o que fazer, onde se hospedar e dicas.
Leia também: https://vaviaje.com.br/o-que-fazer-na-praia-do-sono-em-paraty/
Todas as indicações deste post, muitas delas feitas em parceria, condizem com a minha percepção e vivência, e refletem o que acredito e me motiva: incentivar as pessoas a viajarem mais, fornecer informações que facilitem suas vidas como viajante e dar dicas reais sobre os lugares que visito.