Chapada Diamantina (BA): o que fazer, onde ficar e dicas

Não por acaso ela é conhecida como a caixa d’água da Bahia, a região deste encantador destino brasileiro é sinônimo de abundância de vida, boas vibrações, gente querida e belezas extraordinárias. Ao longo deste post Chapada Diamantina (Bahia): o que fazer, onde ficar e dicas, você verá que todos esses adjetivos superlativos não são exagero nenhum de minha parte.

Cachoeira da Fumaça: uma das maiores em queda livre do Brasil
Cachoeira da Fumaça: uma das maiores em queda livre do Brasil

A geografia da Chapada Diamantina

Com formações geológicas de cerca de 1,8 bilhão de anos, a Chapada Diamantina é um planalto localizado na parte central do território baiano. Ela ocupa uma área de 38 mil quilômetros quadrados, onde encontram-se os chamados “Gigantes do Nordeste”: o Pico das Almas, com 1.958 metros de altitude; o Pico do Itobira, com 1.970; e o Pico do Barbado, com 2.033.

Belezas da Chapada Diamantina

Já o Parque Nacional da Chapada Diamantina tem mais de 152 mil hectares distribuídos nos municípios de Mucugê, Itaetê, Andaraí, Ibicoara, Lençóis e Palmeiras. Inaugurado em 17 de setembro de 1985, é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, e protege parte da Serra do Sincorá. A partir de agora, vou contar algumas experiências e darei dicas de atrativos, hospedagem e restaurantes de algumas cidades que visitei.

 

O que fazer em Palmeiras

Cachoeira da Fumaça

U A U! Precisei soletrar as três letras pausadamente e com voz aveludada, porque olha, vou te dizer, impossível não suspirar ao ficar diante da Cachoeira da Fumaça. Com 380 metros de altura, ela é uma das mais altas em queda livre do Brasil, e fica no Vale do Capão. Escolhi fazer a trilha por cima, andei uns 12 km – ida e volta, a uma altitude de 1350 metros, com horário de visitação permitido das 8 às 13h.

 

Quem nos conduziu até esse esplendor de lugar que jamais faltaria no que fazer na Chapada Diamantina (BA) foi o Carlinhos, ele é muito gentil e atencioso. Instagram: @guiacarlinhosdachapada. Telefone de contato dele: (75) 99959-9470.

Investimento para fazer a trilha por cima (valor em 10/04/2025): R$ 300,00 até 3 pessoas.

O Carlinhos também faz o percurso por baixo, e funciona assim: tem que acampar duas noites, e caminhar 36 km ao todo. Valor: 450,00 diária por pessoa, incluso alimentação e equipamentos (barraca, saco de dormir e isolante térmico).

 

Morro do Pai Inácio

Quando eu era pequena, viajava com menos frequência para o litoral e ficava chateada ao pegar dias chuvosos na praia. Com o passar dos anos, amadureci e compreendi que a Mãe Natureza também tem seus dias cinzentos – se é que podemos chamar assim, e quem dá as cartas é ela. Falei sobre isso, porque não consegui realizar um dos meus desejos escritos na lista Chapada Diamantina (BA): o que fazer, onde ficar e dicas. Devido ao mau tempo, não cheguei ao cume do Morro do Pai Inácio, mas nada me impediu de apreciá-lo à beira da BR-242, mais precisamente no km 345.

Morro do Pai Inácio visto a partir da rodovia BR-242
Morro do Pai Inácio visto da rodovia BR-242

Como é a Trilha do Morro do Pai Inácio

O percurso autoguiado é de apenas 500 metros, e embora seja curto, é íngreme. A caminhada dura uns 30 minutos. A entrada ocorre até às 17h, e custa R$ 12,00 para pessoas acima de 10 anos, sendo que estudantes e professores pagam meia-entrada. Muitos visitantes aproveitam para ver o pôr do sol de lá de cima, e dizem que é sublime!

 

O que fazer em Ibicoara 

Parque Natural Municipal do Espalhado

O Parque Natural Municipal do Espalhado foi criado em 2005, e possui uma trilha de 3 km com saltos, cânions e quedas d’água. Com uma área de 11 hectares dedicados à conservação, ecoturismo, pesquisa científica e educação ambiental, durante a caminhada, apreciamos lindos pontos que margeiam o Rio Espalhado, como as cachoeiras Recanto das Orquídeas, Recanto Verde e do Buracão. Instagram: @parquedoespalhado. Fomos com o guia Léo, que foi super cuidadoso e nos deu uma miniaula sobre o ecossistema e as atrações. Instagram: @leoguiadiamantina.

Cachoeira Recanto das Orquídeas
Cachoeira Recanto das Orquídeas


Dica extra:
Aproveite para tirar a foto espelho. O resultado é magnífico!

 

No parque é proibido fumar, consumir bebidas alcoolicas, nudismo, caçar, pescar, entrar com animais domésticos e som.

Pedra do Chapéu
Pedra do Chapéu

Cachoeira do Buracão

Aos amantes da natureza, a deslumbrante Cachoeira do Buracão é diferentona e desafiadora. É um lugar imperdível a ser contemplado no seu roteiro  Chapada Diamantina (BA): o que fazer, onde ficar e dicas.

 

Ela tem 85 metros de altura e uma potência surreal! Até dá para ficar embaixo da queda d’água, mas só vá se sentir confiança, a água desce com muita força. O uso do colete é obrigatório, mesmo porque o visitante passa entre os cânions nadando para chegar nela.

O que fazer na Chapada Diamantina: visitar a espetacular Cachoeira do Buracão
O que fazer na Chapada Diamantina: visitar a espetacular Cachoeira do Buracão

Quem quiser, pode descer de rapel. Há uma equipe que vende o serviço.

Cachoeira do Licuri

Essa queda d’água fica a uns 9 km do centro de Ibicoara, e o trajeto é feito por estrada de terra. A Cachoeira do Licuri tem 73 metros de altura e 50 metros de profundidade. A trilha tem cerca de 2 km, e no percurso passamos por outras maravilhas: Poço das Rosas, Escadaria e Raízes.


O que fazer em Iraquara 

Fazenda Pratinha

Os muitos municípios que compõem a Chapada Diamantina têm suas particularidades e seus encantos. Em Iraquara, por exemplo, um dos destaques é a Fazenda Pratinha, um paraíso com piscinas naturais, que já foi eleita a terceira água mais cristalina do mundo. É um lugar tão bonito que não poderia faltar neste post Chapada Diamantina (BA): o que fazer, onde ficar e dicas.

 

No dia em que a conhecemos o tempo virou e a cor não ficou como de costume, mesmo assim, flutuar nela, principalmente na parte escura com uma lanterna na mão, foi uma experiência incrível.


Entrada: R$ 90,00. Idoso paga meia, e crianças até 9 anos são isentas. Neste valor, o visitante tem direito a ficar no rio e a conhecer a Gruta Azul, devido a sua profundidade só é permitido contemplá-la.


Algumas atividades pagas à parte:

Flutuação: um deslocamento de cerca de 150 metros, dura em média 40 minutos. Em algumas partes escuras é necessário usar lanterna, fornecida pelo guia, assim como, snorkel, nadadeiras e colete.
Valor em 11/04/2025: R$ 100,00

 

Tirolesa: Com 80 metros de extensão e 12 metros de altura, a gente cai no rio de água translúcida. Dica importante: levante as pernas no final. Valor em 11/04/2025: R$ 30,00.

 

Tem ainda caiaque, stand up paddle, pedalinho, massagem e fotos subaquáticas. O local possui cafeteria, restaurante e pousada.


Entrada (valores em 11/04/2025): R$ 90,00. Datas especiais e feriados: R$ 100,00.
Meia-entrada: somente para idoso acima de 60 anos e pessoas com deficiência. Crianças até 9 anos não pagam. 

Endereço: Rodovia BA-122 – Iraporanga

Funcionamento: das 8 às 16h. Permanência até às 17h.

Telefone: (75) 99973-8893 / 99946-9933

Site: www.fazendapratinha.com.br

E-mail: [email protected]

Instagram: @fazendapratinhaoficial

 

Chapada Diamantina (BA): o que fazer – visitar a Gruta Lapa Doce 

Você já visitou uma caverna?

A Gruta Lapa Doce abriga um grande parque espeleológico e faz parte de um sistema com mais de 40 km de cavernas já topografados na Bahia, onde estão algumas das maiores do Brasil. Deste, 850 metros estão abertos à visitação no roteiro I, e  500 metros no roteiro II. Toda área é de preservação e possui um sítio arqueológico com pinturas rupestres.

Caverna da Gruta Lapa Doce
Caverna da Gruta Lapa Doce

Na Gruta da Lapa Doce já foram descobertos vestígios de organismos vegetais, animais e humanos, inclusive, durante nossa visita vimos paleontólogos retirando fósseis de uma preguiça gigante encontrada recentemente. A espécie pode ter vivido ali há milhares de anos. Um trabalho minucioso e impressionante que ajuda a contar a história da Humanidade.

 

Falando da trilha, o percurso é relativamente fácil, no qual apreciamos a vegetação típica da caatinga. Enquanto caminhávamos, o som das aves foi uma cantoria perfeita aos nossos ouvidos, parecia que elas estavam se comunicando entre si, uma cantava de um lado, e a outra, respondia do outro. A entrada é a partir de uma dolina (depressão externa formada por erosão de material calcário). A descida até a gruta é de aproximadamente 72 metros.

Caverna da Gruta Lapa Doce

 

Com as orientações do guia Josimar, pudemos deslumbrar, com responsabilidade, as belezas externas e as subterrâneas do lugar que é amplo e bem arejado. O uso de tênis ou bota é obrigatório. Instagram: @ma_guia98. O telefone dele é (75) 99844-9690.

 

A caverna que você tem medo de entrar guarda o tesouro que você tanto procura
(Joseph Campbell)

 

Funcionamento: diariamente, das 8 às 17h

Endereço: Fazenda Lapa Doce, 01 – Povoado Lapão

Telefone: (75) 99821-9929

Instagram: @grutalapadoce

 

O que fazer em Lençóis

Onde se hospedar em Lençóis

Quando eu penso na minha lista dos sonhos Chapada Diamantina (BA): o que fazer, onde ficar e dicas, foi realmente um privilégio me hospedar no Hotel de Lençóis, o lugar é tão mágico que me deixou com aquela sensação… que pena não ter aproveitado mais, por causa da chuva e pela falta de tempo. Ele está rodeado de muito verde e tem até uns micos que brincam pra lá e pra cá. Há sala de leitura, hidromassagem, piscina, restaurante e um espaço para massagem (pago à parte).

Hotel de Lençóis: ótima infraestrutura
Hotel de Lençóis: ótima infraestrutura

 

O café da manhã é um banquete com opções para todos os gostos, era tudo feito com muito capricho e saboroso. O quarto é espaçoso, com uma decoração rústica e sofisticada ao mesmo tempo. Além disso, no banheiro há uma abertura no teto para entrar a luz do sol, assim economiza-se energia durante o dia, aquele tipo de prática sustentável que eu valorizo.

Hotel de Lençóis: ótima infraestrutura, com quartos espaçosos

 

Endereço: Altina Alves, 747 – Centro
Telefone: (75) 3334-1102

Instagram: @hoteldelencois

 

Onde comer em Lençóis

Sabor da Serra

Adoro frequentar restaurantes em que os funcionários nos dão atenção, perguntam se gostamos da comida e se estava tudo do jeito que pedimos. Assim foi o atendimento que recebemos no Restaurante Sabor da Serra. Isso sem falar da fartura, os pratos deliciosos são super bem servidos.

 

De entrada, comemos bolinho de gorgonzola e massa feita de abóbora. Eu experimentei o filé mignon ao gorgonzola com purê de batata doce e arroz vermelho orgânico. A Ale saboreou o risoto baiano, carro-chefe da casa, e a Lid optou pelo grão de bico com shimejis, uma das opções vegetarianas do Sabor da Serra (eles também têm veganas). Todos estavam divinos!

 

Para fechar essa experiência gastronômica incrível, um brownie com sorvete de tapioca com coco regado a calda de maracujá silvestre. Só de lembrar já me dá água na boca.

 

Endereço: Rua da Baderna, 88 – Centro
Funcionamento: aberto das 16 às 23h
Telefone: (75) 99177-3917

Email: [email protected]

Instagram: @sabordaserralencois

 

Lampião Food

Adorei a gastronomia do Lampião Food, um lugar que tem a essência do nordeste na decoração e nos pratos, e um ambiente descontraído como a famosa rua da Baderna, onde ele fica. Escolhi de entrada o bolinho vegano de jaca com geleia picante da casa.

Fettuccine Maria Bonita do Lampião Food
Fettuccine Maria Bonita do Lampião Food

 

Experimentei o Fettuccine Maria Bonita, feito com carne de sol artesanal de filé mignon grelhado e molho cremoso de bechamel e queijo gorgonzola. Uma delícia! E para adoçar ainda mais a vida, uma taça de sorvete artesanal de morango.

Sorvete de morango do Lampião Food

 

Endereço: Rua Miguel Calmon

Funcionamento: de quarta a domingo, das 15h30 às 23h
Telefone: (75) 9975-3257

Email: [email protected]

Instagram: @lampiiaofood

 

Qual a melhor época para visitar a Chapada Diamantina

A Chapada Diamantina pode ser visitada o ano todo para nossa alegria! A época de seca vai de abril a outubro. O período chuvoso é de novembro a março. E entre os meses de junho e setembro dificilmente chove. Leve em consideração alguns pontos, como: se você prefere conhecer as cachoeiras com maior volume de água; que na alta temporada os atrativos recebem mais turistas; ou ainda, se deseja ver o fenômeno do facho de luz nas grutas. Se planejar direitinho, dará tudo certo.

 

Como chegar na Chapada Diamantina 

Avião: o Aeroporto Lençóis – Coronel Horácio de Mattos recebe voos em alguns dias da semana de determinadas companhias aéreas. Para chegar na Chapada Diamantina, o viajante ainda pode descer no Aeroporto de Vitória da Conquista – Glauber Rocha ou no Aeroporto Internacional de Salvador – Deputado Luís Eduardo Magalhães, que fica a cerca de 413 km e tem mais opções de embarque e desembarque de aeronaves e horários.

 

Carro: na Chapada Diamantina, as distâncias entre uma cidade e outra são bem consideráveis. Uma boa dica é escolher alguns municípios como base, nós ficamos em Mucugê e Lençóis, e alugamos um carro 1.0 ainda em Salvador. Caso opte por isso também, faça simulações para procurar os melhores preços no aplicativo Rentcars.

 

Ônibus: uma viagem de ônibus rodoviário de Salvador a Lençóis dura em torno de 6 horas e 40 minutos, e custa a partir de R$ 140,00 (valor em 23/04/25).

 

Não canso de agradecer minhas amigas Lidiane (do Partiu Viajar Blog) e Alessandra (do Viagens de Cá Pra Lá) por tanta troca de conhecimento e de boas energias, e todos os baianos e turistas que conheci durante a viagem, as empresas parceiras e os guias.

 

Depois de navegar por este texto Chapada Diamantina (BA): o que fazer, onde ficar e dicas, convido você a ler outros posts: www.vaviaje.com.br/o-que-fazer-em-mucuge-paraiso-da-chapada-diamantina/

 

https://partiuviajarblog.com.br/o-que-fazer-em-mucuge-roteiro/

 

https://viagensdecaprala.com.br/mucuge-na-chapada-diamantina-o-que-fazer-em-3-dias-de-viagem/amp/

 

E me despeço com as sábias palavras deste quadro: “Somos tão passageiros, que não somos, Estamos”, por isso, reforço aqui o propósito do meu blog Vá, Viaje, e aproveite cada segundo como se fosse o último!


Todas as indicações deste post, muitas delas feitas em parceria, condizem com a minha percepção e vivência, e refletem o que acredito e me motiva: incentivar as pessoas a viajarem mais, fornecer informações que facilitem suas vidas como viajante e dar dicas reais sobre os lugares que visito.

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